Vai ficar tudo bem? Não! Temos todos de fazer o nosso papel para que tudo melhore!

 

Falhou o Governo, falou o Presidente da República, falhou a população, falhámos todos!

 

A situação pandémica no país agravou-se de tal forma que ultrapassámos as 200 mortes diárias, os hospitais estão a entrar em rutura, várias turmas são enviadas para casa em isolamento e muitos encarregados de educação deixaram de levar os seus filhos para as escolas devido ao clima de insegurança que se vive nas escolas. Surgiram vários apelos de várias organizações, como da Ordem dos Médicos e da Ordem dos Enfermeiros, de diretores de escolas, de encarregados de educação, da proteção civil, para que as escolas encerrem. Após resistência por parte do Governo, tendo conhecimento da catástrofe para que caminhamos, finalmente vem a decisão de encerrar as escolas.

 

De quem é a culpa de chegarmos a esta situação de catástrofe? De todos!

 

Falhou o Governo, que facilitou nas medidas para o Natal e para o Ano Novo, porque não tomou medidas mais fortes no início de janeiro, porque não encerrou as escolas mais cedo…

 

Falhou o Presidente da República, que não teve a capacidade de prever esta situação, mantendo-se em campanha presidencial, mantendo as eleições que no próximo domingo levará à saída de muitos milhares de pessoas para ajuntamentos para votar.

 

Falhou a população em geral. Foram muitas as pessoas que não respeitaram as normas de distanciamento, uso de máscaras, regras de confinamento… Houve uma desvalorização geral em relação à situação pandémica do país. Apesar de não haver grandes medidas por parte do Governo em relação ao Natal, estávamos todos bem informados sobre o risco que cometeríamos ao nos juntar com família, em nos deslocar. Todos podemos dizer que reduzimos o número de pessoas no jantar de Natal, que reduzimos os contactos, que tivemos todos os cuidados… Pois bem, não foi suficiente…

 

Por isso, falhámos todos. 

 

Não venham mais com slogans “Vamos todos ficar bem”. Não, não vai ficar tudo bem. Não há forma de tirar a dor a quem perdeu os seus. Não há forma de tirar a solidão e tristeza de muitos durante os confinamentos, sobretudo dos idosos. Não há forma de não haver consequências na aprendizagem dos alunos que deixam de ir para as escolas, consequências na saúde mental da população… Todos nós já passámos por situações dolorosas devido a esta pandemia, e continuamos a sofrer. Não temos ainda sequer perceção de todas as consequências que esta pandemia trará a médio/longo prazo. Uma pandemia que ainda não acabou! Esperam-nos meses muitos difíceis! Quantos? Não sabemos!

 

Está na hora de deixar de apontar o dedo, e cada um de nós agir para que a situação pandémica melhore. 

 

Está na hora de reconhecer que quem está no poder, tem as decisões mais difíceis para tomar! Não é fácil encerrar as escolas tenho em conta todos os outros fatores que têm de ter em conta, incluindo colocar o país numa crise económica profunda (ainda maior em relação ao que está) e colocar em causa toda uma geração estudantil, que pelo segundo ano letivo consecutivo, vê-se privada de ir para as escolas. Encerrar restauração, ginásios, centros de estudos…tantos negócios que já faliram e levaram milhares para o desemprego! Simplesmente, não é fácil! Ganhem consciência disso!

Está na hora de dar mais valor a quem está na linha da frente, médicos, enfermeiros, delegados de saúde, diretores de hospitais, bombeiros, agentes de autoridade, PROFESSORES! E tantas outras profissões que garantem que as nossas necessidade mais básicas sejam satisfeitas, relacionadas com o saneamento básico, fornecimento de alimentos e bens essenciais.

Está na hora de darmos valor ao nosso papel individual em todo o que se está a viver. Apoiar quem precisa, agir para o bem comum.

 

Não vamos esperar que corra tudo bem. Vamos todos fazer para que a situação no país melhore, para que voltemos a um modo de vida “mais normal possível” o mais rápido possível.

 

#VamosTodosLutarContraOVirus

 

Luis Carrilho

 


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