Conto | A Casa da Mosca Fosca

 

CONTO

 

A CASA DA MOSCA FOSCA

 

Era uma vez a MOSCA FOSCA
Que vivia num bosque distante.

Farta de zunir, de dar voltas sem parar,
Decidiu fazer uma casa para morar.

Podia dormir na cama,
E ficar muito quentinha,
Podia receber amigos
E preparar doces na cozinha.

E a Mosca Fosca pôs-se a trabalhar
Erguendo uma casa num lindo lugar.

Para o seu lar inaugurar sem demora,
Preparou um belo bolo de amora.
O seu aroma espalhou-se pelo bosque afora.

Arranjou SETE assentos,
E para a mesa, SETE pratos.
Não cabia nem mais um.

Pouco tempo passado, bateu à porta o ESCARAVELHO.

– Quem vive neste lugar?
Quem venho visitar?

– A Mosca Fosca.
Faço uma festa para inaugurar
Este que é o meu novo lar.
E tu quem és?

– Sou o Escaravelho Carquelho,
Aquele que tem o nariz vermelho.
Que bom cheiro! Posso entrar?

– Claro que sim.
És o PRIMEIRO a chegar!

E muito contentes os DOIS decidiram merendar.

Mas quando iam começar, passou por ali o MORCEGO.
Viu a casa, cheirou-lhe a bolo e bateu à porta.

– Quem vive neste lugar?
Quem venho visitar?

– A Mosca Fosca
E o Escaravelho Carquelho.
E tu quem és?

– Sou o Morcego Ralego,
O que gosta da noite
Para ter sossego.
Ai que fome, posso entrar?

– Claro que sim.
És o SEGUNDO a chegar!

E muito contentes os TRÊS decidiram merendar.

Mas antes da primeira dentada,
Passou ali o SAPO.
Cheirou-lhe a bolo e ficou com apetite.

– Quem vive neste lugar?
Quem venho visitar?

– A Mosca Fosca,
O Escaravelho Carquelho,
E o Morcego Ralego.
E tu quem és?

– Eu sou o Sapo Larapo,
Com laçarote de trapo.
Que bem cheira! Posso entrar?

– Claro que sim.
És o TERCEIRO a chegar!

E muito contentes os QUATRO decidiram merendar.

Mas quando iam começar,
Passou pelo bosque a CORUJA.
Viu a casa, ouviu a festa e aproximou-se.

– Quem vive neste lugar?
Quem venho visitar?

– A Mosca Fosca,
O Escaravelho Carquelho,
O Morcego Ralego,
E o Sapo Larapo.
E tu quem és?

– Sou a Coruja Rabuja,
A que limpa e nunca suja.
Boa festa! Posso entrar?

– Claro que sim.
És a QUARTA a chegar!

E muito contentes os CINCO decidiram merendar.

Mas quando iam começar,
Passou por ali a RAPOSA.
Cheirou-lhe a bolo e animou-se a entrar.

– Quem vive neste lugar?
Quem venho visitar?

– A Mosca Fosca,
O Escaravelho Carquelho,
O Morcego Ralego,
O Sapo Larapo,
E a Coruja Rabuja.
E tu quem és?

– Sou a Raposa Tramosa,
Sou muito esperta e muito gulosa.
Que bolo apetitoso!
Posso entrar?

– Claro que sim.
És a QUINTA a chegar!

E muito contentes os SEIS decidiram merendar.

Mas quando iam provar o bolo,
Passou por ali o LOBO.
O cheiro fez-lhe crescer
Água na boca
E bateu à porta.

– Quem vive neste lugar?
Quem venho visitar?

– A Mosca Fosca,
O Escaravelho Carquelho,
O Morcego Ralego,
O Sapo Larapo,
A Coruja Rabuja
E a Raposa Tramosa.
E tu quem és?

– Sou o Lobo Rebobo,
O mais narigudo
À face do globo.
Que bolo tão bem feito!
Posso entrar?

– Claro que sim.
És o SEXTO a chegar!

E muito contentes os SETE decidiram merendar.

Quando por fim iam provar o bolo,
Apareceu por ali o urso. Tinha estado toda a tarde
À procura de amoras sem encontrar nenhuma.
Viu a casa, ouviu a festa e pensou:
Porque não me convidaram?
E bateu à porta.

– Quem vive neste lugar?
Quem venho visitar?

– A Mosca Fosca,
O Escaravelho Carquelho,
O Morcego Ralego,
O Sapo Larapo,
A Coruja Rabuja,
A Raposa Tramosa
E o Lobo Rebobo.
E tu quem és?

EU SOU O URSO LAMBEIRO,
O MAIS GULOSO DO MUNDO INTEIRO.
E ESTE RICO BOLO DE AMORA
VOU COMÊ-LO TODO… AGORA!

E assim se acaba o conto… Com uma dentada e… pronto!

 


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A Casa da Mosca Fosca

de Eva Mejuto; Ilustração: Sergio Mora
edição: Kalandraka, outubro de 2010 ‧ isbn: 9789728781187

 

SINOPSE
“A casa da mosca fosca” é uma adapatação realizada a partir de um conto popular russo recuperado por Alexander Afanásiev. As diferentes personagens introduzem os leitores num atraente jogo de números e tamanhos, rimas, repetições e ritmos, que são elementos próprios da tradição oral. Trata-se de um conto acumulativo que apresenta uma galeria de personagens que convidam ao jogo fonético.
O ilustrador Sergio Mora cria animais delirantes, com personalidade própria, repletos de humor e expressividade, utilizando cores “explosivas, quase fluorescentes”. Um conto para ler e contar, que cresce em intensidade a cada página até culminar num final surpreendente.

 

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